quarta-feira, 4 de maio de 2011

Centenário carece de área de lazer


A preocupação dos moradores do bairro Centenário, zona nordeste de Juiz de Fora, é quanto à falta de um local apropriado para crianças e adolescentes brincar e praticar esportes. Um espaço de lazer.
A área destinada para a construção da quadra esportiva encontra-se abandonada. O mato cobre grande parte do terreno, há lixo espalhado por toda a parte, eletrodomésticos enferrujados, ratos, baratas e, até há pouco tempo, havia um galinheiro. O local fica ao lado da Escola Municipal Centenário, separados apenas por uma cerca de arame enferrujada e bastante danificada. É possível ver, pela a grade, três brinquedos que, apesar das más condições, servem de diversão para aqueles que estudam. 
Mesmo correndo riscos, é possível observar crianças menores de seis anos se divertindo, com pequenas pedrinhas e pedacinhos de pau. Segundo a moradora Joana Dark, 45 anos, mãe de três filhos, a maioria das crianças tem o hábito de brincar de bola e bicicleta na rua. “Minha preocupação é que a rua Dr. Lívio de Oliveira Mota, esquina com a rua João dos Santos é uma região muito movimentada de carros, já presenciei três atropelamentos”. 
            O Presidente do bairro, André Lino Bonifácio, o Ney,  diz que a situação já saiu do controle. “Desde 2004 na gestão do Prefeito Tarcísio Delgado, reivindicávamos a quadra, e apesar das promessas, nada foi feito até o fim de sua administração. Já o ex prefeito, Alberto Bejani, foi quem deu maior assistência ao bairro. Cuidou da limpeza da praça, as árvores estavam sempre podadas e não tinha entulho. Todo mês tinha reunião para discutir os problemas encontrados”. Ele ganhava quarenta vales, que eram divididos entre os diretores do bairro, para se deslocar até à Câmara Municipal, para acompanhar as reuniões. Ney afirma que o atual Prefeito Custódio Matos, desde que assumiu o cargo, só fez duas reuniões. “Na primeira teve um banquete, falaram de soluções, mas nada foi alterado. Já na segunda, o vereador Júlio Gasparete foi quem dirigiu a reunião”. Moradores que estavam presentes ficaram indignados com a falta de compromisso e respeito.
Enquanto o problema não se resolve, a dona-de-casa Valdevina Bárbara de Moraes, 53 anos, pensa em como será o futuro dessas crianças. Gostaria que projetos sociais fossem implantados para melhorar a vida dos adolescentes do Centenário. “Nós que somos mães, temos medo de nossos filhos entrarem para o mundo das drogas e terem um caminho sem vota”, conclui Valdevina.
A assessoria da Prefeitura não se pronunciou até o fechamento desta matéria.
Paula Spencer

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