sexta-feira, 8 de abril de 2011

Um problema a céu aberto


Na área da saúde pública existem mais de 100 doenças que podem ser evitadas com investimentos em saneamento básico, entre elas cólera, amebíase, diarréia, peste bubônica, lepra, meningite, pólio, sarampo, hepatite, febre amarela e etc. Com isso, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), os custos dos tratamentos variam, em média, desde R$ 3,16 (rubéola e sarampo) até R$ 154,03 (Leishmaniose). Com isso, o sistema público de saúde fica carregado desnecessariamente, visto que muitas enfermidades poderiam ser evitadas com investimentos na área.
Através desses dados, é possível perceber que por meio de investimentos em saneamento básico, uma gama de doenças poderiam ser evitadas, trabalhando questões de distribuição de água de qualidade e captação de esgoto. Nesse contexto, que Juiz de Fora se encaixa. Não por investimentos, mais sim pela falta. Sendo mais específico, no caso, do bairro Santa Efigênia que sofre com as precárias condições referentes ao córrego que corta o mesmo.
Conforme, o Vice-Presidente do bairro, Cristiano da Silva Pereira, o córrego, que trás uma série de problemas, começa no bairro Sagrado Coração passa por mais dois locais, esses Ipiranga e Santa Luzia. Os problemas envolvem exposição a céu aberto, criadouro de animais que transmitem doenças, falta de canalização para captação de esgoto e, o pior, crianças brincam perto ao local. “Outro ponto também, é que as muitas crianças brincam em volta das margens. Por falta de isolamento da área, é comum vê-las pulando dentro do córrego atrás de brinquedos ou até mesmo por diversão. No caso, essas ficam ainda mais expostas a uma série de doenças.”, declara Cristiano.
Ainda existem dois problemas que dizem respeito ao estado que se encontra o local. Entre eles, a via de água, passa em frente a duas escolas, essas Seminário Ave Maria e Escola Brincando de Aprender. Também um problema de vazão das águas da chuva. Uma vez que as casas construídas em volta do córrego não deixam o próprio escoar o volume de água, causando enchentes.
Para o morador Elias Rodrigo de Arruda, no caso uma série de questões estão interligadas. “O descaso por parte da Prefeitura pelas pendências do bairro e também a falta de conscientização por parte da população, liga um problema ao outro. Se os órgãos competentes não desenvolvem as ações corretas e as pessoas por sua vez poluem, ainda mais, o córrego nunca nenhum problema será resolvido”, explica.   
De acordo com a Assessoria de Comunicação da Cesama atualmente, há uma equipe do órgão realizando a limpeza do leito e das margens do córrego do bairro Santa Efigênia.
Conforme a Assessora de Comunicação da Cesama, Thais Oliveira com relação a projetos, a Cesama já concluiu o projeto de implantação de coletores ao longo dos córregos daquela região. Numa primeira etapa, um coletor de esgoto será implantado ao longo das margens do córrego de Santa Luzia. Na segunda etapa, haverá implantação de coletores ao longo dos córregos afluentes, o que inclui o curso d'água do bairro Santa Efigênia. “Estes coletores receberão o esgoto daquela região e encaminhará o efluente para uma estação de tratamento futuramente. No caso, a Prefeitura está pleiteando recursos financeiros para iniciar a execução da obra”, explica.
Em nota, foi feito o contato com a Secretaria de Atividades Urbanas e a Secretaria de Obras, da Prefeitura de Juiz de Fora, a cerca do assunto. Porém, através de suas assessorias, informaram que as questões estão ligadas diretamente ao Cesama e essa, não divulgou as datas das ações ligadas às questões.


Leonardo Pelicarto Gonçalves

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